terça-feira, 28 de dezembro de 2010

NÃO HÁ NO GOVERNO UM HOMEM !

Ovalhamedeus,..parece consensual que o problema em Portugal é o excessivo peso do estado. Estado que é um monstro que se auto- alimenta,numa classe média cada vez mais escassa. Cerca de 40% das horas gastas pelos funcionários públicos são gastas em serviços ao próprio estado. Este monstro  de pés de barro  é alimentado pelo défice público e pela irracionalidade da nossa classe politica.

A treta que  mais me impressionou ultimamente foi há dias ter ficado a saber por uma pequena  nota  do jornalista António José Teixiera, que teve o cuidado de ir ver: não há no governo um homem, desde ministros a secretários de estado , um só homem, que não tenha feito carreira na função pública! Sintomático de um país sem arrojo nem ousadia para arranjar saída e soluçoes para uma crise que ameaça gerações.

Na prática assistimos há muitos anos a um engajamento e sindicato dos partidos e dos sindicatos de funcionários públicos, na procura incessante de protagonismo pessoal e politico, à revelia da sociedade civil e do interesse nacional  na busca de soluções, tudo e todos emparelhados a um grande empresariado confederado,que vive há gerações, calado e silenciosamente numa lógica de concessões públicas  e subsidiação do  mesmo estado.

No meio disto está o mexilhão, a dita sociedade civil, a quem se pede todos os dias que salve o País, pequenos pobres e médios empresários, empregadores e empregados, profissionais independentes e liberais, cuja única saída mais evidente continua a ser emigrar... numa versão  moderna internacionalizar-se.
  

Perante isto, parece  não haver dúvidas que a  sociedade civil do país, a tal não funcionalizada, tem que se organizar e cuidar-se,...afinal, quem é que trabalha para quem ? E quem paga?

    

 

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

NOBRE´S,... E MAQUIAVÉLICO´S !

Depois de ter publicado no mural desta candidatura,uma saudação a Fernando Nobre, pelo seu acto de crédito à República e à Sociedade Civil, encontrar esta informação, que parece fidedigna, de que o distinto médico e humanista, é afinal monárquico, foi um autêntico murro no estomago. Forte e duro!

Depois de ler, Joaquim M. Duarte, nem tenho palavras. A confirmar-se será outra noticía no amâgo dos delírios políticos que enxameiam de falsidadee hipócrisia a sociedade portuguesa.

Será possível?

Lamento mas não alinho neste coro de aleluias. O dr. Fernando Nobre tem uma obra humanitária de grande relevo e que toda a gente reconhece. Mas do ponto de vista político a sua candidatura parece-me um grande equívoco. F. Nobre é monárquico, como se pode ver no site do Instituto Democracia Portuguesa, do qual é Presidente da Assembleia Geral. O Presidente de Honra é o sr. D. Duarte de Bragança. Nao se trata de calúnia, é uma realidade que qualquer pessoa pode comprovar consultando http://idp.somosportugueses.com/site/

Porque é que um monárquico quer ser Presidente da República?
Porque tem a esperança de que haja uma abertura para que a corrente monárquico-democrática possa pôr em prática o seu programa político: rever a Cnstituição da República no sentido de que seja possível referendar o regime. E depois realizar o referendo no qual os monárquicos têm tanta fé: o povo português votará o regresso à Monarquia!

Parece maquiavélico? Leiam-se os materiais do IDP, sobretudo as intervenções públicas do seu Presidente da Direcção, dr. Mendo Castro Henriques. Depois tirem-se as conclusões...

TRETAS...,MEU AMIGO NATALÍCIO !


Tretas, meu amigo Natalício.

O que achas dos beijinhos nos pés do menino Jesus no fim da Missa do Galo? Será verdade que corremos o risco de apanhar Gripe A? Eu há muitos anos que não entro nesse beija-pé. E não é por causa da Gripe A. É por causa dos resfriados e do pingo do nariz.

Um dia, quando era miúdo, calhou-me beijar o menino a seguir a uma velhota constipada. Quando me apercebi que a ranhoca dela tinha pingado para cima do dedo grande do pé esquerdo de Jesus fiquei possesso. Puxaram-me as orelhas, empurraram-me a cabeça, exorcizaram-me todo mas ninguém conseguiu que eu poisasse a boca lá no sítio. Não importa se me chamam ímpio, ateu, belzebu e coisas parecidas. Prefiro beijar as peúgas do vencedor da maratona no final da prova.

O Natal, meu caro, também tem o seu lado negro. Não é só filhós, rabanadas, prendas e bacalhau com couves. É uma quadra dura e difícil a vários níveis. Exige muito de um homem. E não estou a falar apenas dos pezinhos de Jesus osculados por mil velhinhas constipadas. É a monotonia musical, as mensagens de telemóvel, os empurrões nas lojas, a fortuna que se gasta em prendas, a ingratidão de quem não recebe o que queria, o bacalhau cozido quando ele assado é que é bom. O vinho de segunda que o cunhado acha que é a melhor pomada do mundo, o pijama às riscas que a mulher oferece com tanto amor e carinho e que eu abomino, as pantufas que vou receber da minha sogra…salvé a camisinha de dormir, essa sim!

Boas Festas,
Ovalhamedeus