terça-feira, 29 de setembro de 2015

A DICOTOMIA SOCIEDADE CIVIL/ ESTADO

A DICOTOMIA SOCIEDADE CIVIL/ ESTADO
"a Sociedade civil é a base de todas as relações, económicas, culturais, sociais e ideológicas, de onde emanam os conflitos que demandam soluções políticas e, ao mesmo tempo, de onde emanam alternativas para a solução de conflitos surgidos na órbita política. É parte de um todo, voltado ao bem estar comum".
Da mesma forma, "a Sociedade civil organizada é a parcela da Sociedade civil que se constitui e se organiza actuando como força política na procura de soluções para os conflitos sociais. É a estrutura moldando-se em superestrutura para defender interesses da maioria, ou mesmo parciais, actuando em conjunto com o Estado e as forças de mercado, na ‘busca maior’, qual seja, a de uma melhor simbiose com a Sociedade civil". Aqui: http://jus.com.br/…/sociedade-civil-e-sociedade-civil-organ…

Gramsci contribuiu grandemente para a análise do conceito de sociedade civil e também da dicotomia Sociedade Civil / Estado.

De acordo com o filósofo e político italiano Antonio Gramsci, o Estado não deveria ser visto apenas como Governo. Gramsci faz a divisão de Estado em sociedade política e a sociedade civil. Segundo Gramsci, a sociedade política é referente às instituições políticas e ao controle legal e constitucional que exerce. Já a sociedade civil é vista como um organismo não-estatal ou privado, que inclui principalmente a economia e as economias familiares.
A sociedade política é conotada com a FORÇA e a sociedade civil com o CONSENTIMENTO.
E há neste nosso pobre país, uma velha e miserável desproporção entre a Força e Consentimento.
"A luta contra a desproporcionalidade ou mesmo o arbítrio dos impostos foi sempre a base das iniciativas vitoriosas dos avanços políticos do povo (democracia), mesmo antes, muito provavelmente, da Magna Carta, imposta a João Sem Terra. E parece-me evidente ser a hora, mais uma vez que o "soberano" está de calças na mão, para lhe ganhar maior controlo sobre a arrecadação fiscal ou para a regatear contra maiores liberdades, contra a burocracia e por uma "vida boa", colectiva e pessoal, nas famílias ou solta de todo das "polícias", na feliz acessão anglo-saxónica de dispositivos socioeconómicos de controlo e vigilância." António Carvalho (Juiz Conselheiro do Tribunal de Contas) in facebok.
Há dias observei neste mural, o que agora repito: o Partido Socialista, na senda da costumada alternância entre o mesmo e mais do mesmo, apresenta afinal 22 novos cabeças de lista, em que “ finalmente” 3 não são funcionários públicos.Os mais atentos sabem isto é costumeiro, e aos menos atentos basta consultar um anuário com a biografia de quem é a nossa tradicional classe política, a completa negação da existência de um governo de e para o País que é a Sociedade Civil.
Não admira que NÒS, Cidadãos em Portugal tenham que continuar a emigrar.
NÓS, Cidadãos, sociedade civil devemos definitivamente entender e assumir o comando político do Estado em Portugal, como absolutamente estratégico para o desenvolvimento económico e de um país com futuro. 

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